José Mesquita nasceu em Macaíba a 04 de outubro de 1895. Foi o primogênito do casal Alfredo de Mesquita e de Ana Olindina de Mesquita.
Concluiu o curso de Madureza em Natal e não deu continuidade aos seus estudos em virtude de ter ido trabalhar, desde cedo, com seu pai no comércio e pecuária do Rio Grande do Norte.
Era tanta a identificação desse filho com a figura paterna que ele também era conhecido como José de Alfredo Mesquita e foi com seu pai que fundou as sociedades comerciais Mesquita & Cia e Alfredo Mesquita & Cia, ambas com sede na cidade de Macaíba.
Era dotado de grande inteligência e perspicácia, de uma personalidade forte e combativa em defesa de seus ideais e, aos mesmo tempo, era um Humanista em toda a extensão da palavra. Tinha paixão pela História, Poesia, e Política e entre os seus variados livros tinha coleções completas sobre o Império em edições primorosas e de poesias dos poetas Alvarez de Azevedo, Castro Alves, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Gonçalves Dias do livro “HORTO” da sua ilustre conterrânea e poeta maior Auta de Souza.
Apesar de residir em Natal, à Avenida Deodoro, n° 402, era na Fazenda Arvoredo, de sua propriedade, que ele guardava os seus livros em duas grandes estantes: uma fixa, envidraçada e outra móvel, giratória, quando aculturava os filhos na leitura em seu gabinete de trabalho que considerava um verdadeiro tesouro e procurava transmitir-lhes conhecimento nas férias escolares.
Teve marcante atuação política no Estado durante a década de 1930. Era contra o modelo político centralizado e interventoria em Natal como suspeito de conspiração em favor da Revolução Constitucionalista de São Paulo. Foi um digno representante das classes produtoras do seu Estado, desfrutando de invejável situação social, econômica e financeira, tendo sido eleito Presidente da Associação Comercial. Foi também um dos fundadores do Partido Popular. Defendia os fracos e oprimidos; foi um homem de grande generosidade, coragem, e amante da VERDADE, um AUTÊNTICO acima de tudo.
Com a redemocratização do país em 1945, voltou a ter importante participação política como integrante do novo partido e destaca militância na União Democrática Nacional.
Criou seus cinco filhos citando o exemplo de caráter do Frei Miguelinho, de quem era incondicional admirador e que, por motivo de conspiração contra o Império, teve a chance de se retratar e ser indultado mas recusou o indulto dizendo alto e bom som:
“A letra é uma só
Fui eu quem assinou...”
Fui eu quem assinou...”
Com que emoção repetia aquelas palavras do Frei Miguelinho ressaltado a sutil Dignidade e Coragem.
Foi esse exemplo de Caráter que transmitiu aos seus filhos. Era essa a têmpera de José Mesquita: sua autenticidade, sua honradez.
Vitima de pertinaz enfermidade (leucemia) faleceu em Natal aos 57 anos de idade, no dia 17 de fevereiro de 1952, deixando viúva Floripes Torres Mesquita, falecida em 1985 e com quem contraria casamento em 25 de outubro de 1924. 
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